sábado, fevereiro 27, 2010

Disco de Homenagem

Na última Terça-feira foi oficialmente apresentado o disco de homenagem ao Duo Ouro Negro intitulado Muxima, na Fábrica Braço Prata em Lisboa. Aproveito a oportunidade para apresentar algumas imagens desse dia, e dos 4 elementos que dão alma a este projecto.
Já tive a oportunidade de ouvir o álbum diversas vezes e a única palavra que me ocorre é intemporalidade. A música do Duo Ouro Negro é bastante actual, e apesar dos mentores do projecto darem o seu cunho pessoal, a essência da canção está lá.
É de louvar esta iniciativa, e espero que tenha bastante sucesso, alias, já está a ter. A quem não teve oportunidade de ouvir, recomendo a canção Menino de Braçanã (Yami esteve fantástico), e o Medley (Lindeza-Muamba Banana e Cola) muito bem conseguido.
Recomendo a todos os admiradores do Duo, e sobretudo para aqueles que pensavam que a música de Raúl Indipwo e Milo Mac-Mahon era "antiquada".

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quinta-feira, fevereiro 25, 2010

25 anos depois

É com muita saudade que recordamos hoje o saudoso Milo Mac-Mahon, 25 anos depois do seu desaparecimento físico no passado dia 20 de Fevereiro.
Milo falecera prematuramente aos 45 anos, na quarta-feira de cinzas de 1985, deixando mais de 25 anos de carreira e muitas, mesmo muitas histórias para contar. Nasceu em Benguela, mas foi em Sá da Bandeira (Lubango) que iniciou a sua carreira aos 17 anos, tocando o seu violão. Entretanto foi trabalhar como regente agrícola para o Norte de Angola, e na antiga Vila Carmona (Uíge), encontrou um amigo de infância de Benguela, chamado Raúl. Raúl Aires Peres era tesoureiro de uma firma de Luanda, e deslocava-se frequentemente a Malange, o gosto pela música era idêntico ao de Milo, e assim numa festa acidentalmente acabaram por tocar juntos, e o espanto dos presentes surpreendeu de tal forma os dois músicos que nasceu assim este grupo. Foi o início de uma carreira fulgurante, no Uíge para o Rádio Clube do Congo Português, onde foram baptizados de Ouro Negro, do Uíge para o Cinema Restauração em Luanda (1957), de Luanda para Lisboa (1959), de Lisboa para o Mundo (1960). E garanto-vos que não é exagero, percorreram todos os países do Mundo, à excepção de 3 países da América Central. O resto já todos conhecem, tiveram dezenas de sucessos, e tornaram-se verdadeiras vedetas internacionais. Como tal, fechavam quase sempre todos os espectáculos, e normalmente o cansaço já se tinha apoderado dos cantores. Era aí que o Milo soltava a sua piada “Vamos matar o porco?” E lá iam eles fechar mais um espectáculo, tanto aqui como no Brasil, ou no Japão. Não era por acaso que Raúl o descrevia muitas vezes como um autentico “bonacheirão”, um “tipo porreiro”, e “muito bem disposto”. O último trabalho discográfico de Milo foi o LP “Aos Nossos Amigos” que ficou pronto no final de 84, infelizmente um edema, não permitiu que Milo fizesse a sua derradeira digressão até à Brodway com o espectáculo Império de Iemanjá, vindo a falecer no dia 20 de Fevereiro de 1985.
Kalunga Milo!

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terça-feira, fevereiro 16, 2010

Disco de Homenagem

O Ouro Negro continua vivo e recomenda-se, o facto é que novas gerações cantam Raul e Milo. Era inevitável, prova disso são as vozes de Filipa Pais, Rita Lobo e Yami, que trazem até nós títulos marcantes da carreira do Duo, Amanhã Maria Rita, Vou Levar-te Comigo, Mãe Preta.

O disco idealizado por Manuel d'Oliveira, está na fase final e será editado até Março, para já com o título provisório de Ouro Negro, conta ainda com o veterano Janita Salomé, o pianista Filipe Raposo e o baterista e Quiné.

Deixo-vos um cheirinho.

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